O hack massivo que atingiu a Sony Pictures foi mesmo de autoria (ou encomenda) da Coreia do Norte e a ameaça dos terroristas virtuais deu resultado: o filme "A Entrevista" teve a estreia cancelada em todo o mundo, assim como seu lançamento em mídias físicas e digitais. Porém, essa história digna de um filme de espionagem internacional ainda está longe de acabar.
Em entrevista ao canal CNN, o CEO da Sony Pictures, Michael Lynton, deu uma declaração interessante e reveladora sobre o caso. Ele diz que a companhia ainda busca uma alternativa para o lançamento do longa-metragem, apesar de não revelar as possibilidades.
"Quando o assunto é o momento crucial em que as ameaças foram publicadas pelos chamados Guardians of Peace, na hora em que ameaçaram os espectadores que iriam ao cinema, responsáveis pelas salas vieram a nós um por um em um período muito curto de tempo. Nós ficamos completamente surpresos por isso, elas anunciaram que não exibiriam o filme. Naquele momento, não tivemos alternativa a não ser não prosseguir com o lançamento em 25 de dezembro. Nós não nos acovardamos, não desistimos, temos perseverança e não recuamos. Nós sempre tivemos todos os desejos de que o público norte-americano assistisse a esse filme", diz. o CEO.
A resposta parece um pouco pronta demais — e ele coloca a culpa nos cinemas em vez de na própria produtora. Ainda assim, dizer que a empresa não desistiu e que alternativas são consideradas é uma boa notícia. Vale lembrar que até o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou a decisão da Sony Pictures ao cancelar a exibição.
De qualquer forma, o filme com Seth Rogen e James Franco parece longe de ver a luz do dia, ao menos legalmente. O site oficial de divulgação e todas as contas de redes sociais saíram do ar. Trailers e outras formas de marketing devem ter o mesmo destino — e só resta aos espectadores esperar para saber qual dos dois lados vai fazer a próxima jogada.
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